segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quem dizem os homens que Eu sou?

"Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: No dizer do povo, quem é o Filho do Homem? Responderam: Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus." (Mt. 16, 13-17).

"Profeta, profeta do amor, pão da vida, és meu bom Pastor." Eis algo que não consigo acompanhar na Santa Missa: esse refrão da música "Profeta do Amor", de autoria do Padre Joãozinho, CD Profeta do Amor. Algo aí me soa profundamente equivocado. Ou se está falando de Jesus, Pão da Vida, Bom Pastor, o Messias, o Cristo, o Filho de Deus vivo, ou de um profeta. A distinção pode parecer demasiado preciosismo, mas é algo que me fere o sentimento e a razão. Penso que equipes de liturgia e canto deveriam ser rigorosamente críticas com o conteúdo das letras que são levadas à execução nas Missas, inadmitindo qualquer que possa macular a ortodoxia. Certamente será um trabalho árduo, em vista de haver continuamente grandes safras de novas letras e músicas, nem sempre de bom gosto ou de acordo com a doutrina católica. O que é mais uma razão pra que nossas igrejas não vivam trocando repertório só para se ter novidade. Ou a Igreja precisaria de novidades aquém da Boa-Nova?